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sábado, 13 de agosto de 2011

Esse tal de plano sequencia

Vendo uma plano sequencia de um clipe de uma musica, fiquei pensando em no meu plano sequencia, o que eu fiz com ele, eu fiz ele? eu cortei muitas cenas? Eu tirei muitos personagens? Alguns eram importantes? E se eram porque deixaram de ser? Esse meu roteiro eu deixei sem plano sequencia, picotei todas as falas, improvisei erroneamente onde não deveria, os personagens que eram os principais deixaram de ser numa velocidade que acabou comprometendo a compreensão e a história como um todo, os espaços no roteiro pensei que fossem sendo preenchidos ao longo das mudanças e dos "plots" escolhidos, minha edição ficou muito frágil, errada, estupida até, nota-se claramente onde foram feitos e isso pra uma edição é a morte, é um fim, é como uma dublagem mal feita, compromete tudo e todos percebem de uma maneira impiedosa, mas se tudo sai perfeito ninguem lembra que a sincronia existe ele deve estar ali, presente sem ser notada, certa e certeira sem deixar claro para quem esta vendo que ali tem uma dublagem, mas eu troquei o ritmo da minha edição, ora era feita para ser agil e contar a história de uma vez, sem rodeios, sem voltas, sem desvios desnecessários, mas outras vezes a jovaga num labirinto de subtextos, de entrelinhas, de outras histórias de outros que não fazem parte e nem davam sentido ao mote principal, esse foi sendo mudado ao longo da leitura desenfreada e escrizofrênica do roteiro, não tinha um final, tinha um nada, um abismo, um pulo para outra época sem que fossem resolvidos os conflitos, esses eram suspensos de uma hora pra outra, e como diz a trilha sonora "aqui ninguem volta ao que ja deixou, ninguem larga a grande roda, ninguem sabe onde entrou, aqui ninguem lembra, nem o que sonhou", unica coisa nesse plano sequencia mal acabado, mal dirigido, mal roteirizado, que se salva, alem de alguns velhos e novos personagens, com alguns drinques que embebedaram junto com a trilha sonora, que foi sendo melhorada, lapidada, buscada em lugares nunca vistos ou pouco habitados, assim a analise desse plano sequência, é que ele ainda precisa mais bem elaborado, mais bem editado, e de alguma maneira desconhecida pelo seu roteirista, mudado quando percerbe-se que a história ali ja não tem mais como ser contada, que permanecer insistindo naquele argumento pode transformar um  conto simples, curto, porém belo, num livro longo e enfadonho, pobre de história, porque essa ja deveria ter sido encerrada a muito tempo, na passagem da pagina 02 para 03, ali era pra conter nela um ponto final, não reticências, não continuações, personagens pequenos só cabem em histórias pequenas, em mini-contos, contos, curtas, devem ser retirados de cena assim que se perderem nas suas próprias histórias e ja não contarem mais nada de novo, só a mesma velha fraca trama, a mesma chateada vida deles, e não me assustei quando reli o roteiro algumas vezes, quando vi a quantidade de personagens pequenos que tiveram uma sobrevida nessa trama demasiado longa, demasiada imnportâcia onde não cabia e não cabe, então deixei decidido que para esse roteiro ser um plano sequencia assistivel e não enjoativo, com clichês, porque toda boa história é recheado deles, mas clichês certos na hora exata, com carga da dramaticidade na dose certa, na medida de um gole, no tempo de uma canção que contextualiza o pano de fundo, esse que deve ser presente em todo o tempo da história, então assim ficou decidido, ainda vamos voltar e refazer a história enquanto não estiver claro e certo todo esse plano sequencia, toda a edição, trilha, mote, climax, de toda esse roteiro, vou sempre ritmar para que a essencia de boa história seja impressa num roteiro final.




P.S: a musica que fez pensar num plano sequencia mostrada por marcelle.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Eu sempre tive as duas da manha
quando tudo esta errado, contrario, torto
inacabado, olho-torto e espero, ela vai chegar
mesmo demorando, mas vem, ela, vem
as duas da manha tudo melhora, enriquece,
os silencios tornam-se gritos no escuro,
o barulho ensurdecedor de mim mesmo
sempre as duas da manha, com ou sem estar
mas sempre a contar e esperar
porque eu sempre vou ter
um sorriso no corpo, um vicio no olhar
um trago no copo, um relógio mental
que me diz que eu sempre vou ter
ahhh eu sempre vou ter
as duas da manha....