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quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Tentativas de melhorar essa bagaça 01.

Conversa às Três e Meia da Madrugada
às três e meia da madrugada
a porta se abre
e há passos na entrada
que trazem um corpo,
e uma batida
e você repousa a cerveja
e vai ver quem é.

com os diabos, ela diz,
você não dorme nunca?

e ela entra
com o cabelo nos rolinhos
e num robe de seda
estampado de coelho e passarinho

e ela trouxe a sua própria garrafa
à qual você gloriosamente acrescenta
2 copos;
o marido, ela diz, está na Flórida
e a irmã manda dinheiro e vestidos para ela,
e ela tem estado procurando emprego
nos últimos 32 dias.
você diz a ela
que é um cambista de jóquei e
um compositor de jazz e canções românticas,
e depois de uns dois copos
ela não se preocupa com cobrir
as pernas
com a beira do robe
que está sempre caindo.

não são pernas nada feias,
na verdade são pernas ótimas,
e logo você está beijando uma
cabeça cheia de rolinhos,

e os coelhos estão começando a
piscar, e a Flórida é longe, e ela diz
que não somos realmente estranhos
porque ela tem me visto na entrada.

e finalmente
há muito pouca coisa
para dizer.
Charles Bukowski

Pequenas Impressões 02

Meu interesse realmente combina com o seu?

Pode falar, isso não me magoa....

Não.

Era disso que falava..
Hoje vendo ela a me olhar implorando que algo de bom fosse colocado la, decidi que Foda-se o Mundo dos négocios, eu quero, então va lá e compre.
Fui, comprei, voltei, coloquei e ouvi...
Nesse momento percebi a diferença, uma sutil e enorme diferença, não na qualidade dela, mas na diferença do resto, como as pessoas vivem sem ouvir Jimi, Beatles, Ella???Como não sei,mais eu não consigo. Fico com a impressão de que parace que são sempre aquelas pessoas certamente as mais normais, mais iguais, mais simples, uma simplicidade de falta e não de pouco com muito, como as pessoas simples que tem uma sabedoria enorme, essas são superiores e não vivem nas cidades, é comparando mesmos com os da metrópole que se contentam com o pouco menos elaborado, menos dizer, sentir, e quando sentem é um sentir forjado de outros, acho que quem não vive o som, vive meio fora de foco, de tom, se inebriagam com coisas que em si não dizem nada, não trazem nada, acham o supra sumo do saber ver tv, e sempre ver a mesma programação do mesmo canal de sempre com os mesmos filmes dublados de sempre ( essa minha cisma com coisa dublada), o mesmo dramalhão de perda de amor eterno do momemento, sério a pequenez do povo me assusta as vezes, todas as vezes.

Pequenas Impressões 01

As vezes eu não queria me levar tão a sério, não pensar que merda é essa que eu to escrevendo, mais a coisa fica la me olhando, dizendo:
_ porra isso é uma bosta!!!!
Inconcruências, a Angela Ro Ro é tava certa, meu mau é a bebida!!

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Esses pensamentos estão cada vez mais intensos, essas vontades mais aparentes, eu nego as vezes, olho pro lado penso em outras coisas, outras pessoas, revejo conceitos....

Tudo isso pra dizer a mim mesmo, porra!!Por isso que não deu certo, no momento que ela disse que iria sair do msn, que ja não um lugar muito bom para conversas francas, pra assitir Caldeirão do Huck, vi ali a resposta, não deu certo e nunca vai dar, não comigo.Estar com uma pessoa que para pra ver caldeirão e ou fastão, so curte filme dublado só ouve bruno e marrone e os forros da vila, não pra mim.

Queria até entender a aturar essas pessoas, mas não posso, muito rasante demais, sem querer ser melhor, so mundo diferentes, possibilidades muito diversas, pensar que um ser se contenta com tão pouco, gostaria mesmo de entender e pode ser que seja até mais fácil viver assim, acordar e ver as pedaginhas do fastão realmente rir com elas e ir durmir com a sensação de domingo proveitoso, de coisa solida, dá não meu mermão, muito contra o movimento...

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Foi simples a primeira vez, e rápido, por um brevíssimo instante não se recordava de nada, era como se ela não existe naquele instante, sua memória foi interrompida assim como sua existência que parecia não ter sido sua, não tinha vida, não havia passado por nada, isso durou segundos que mais pareciam horas a fio, abriu os olhos, enfim percebeu os seus a sua volta; seu marido, seus pertences do quarto, do qual o marido também a partir daquele instante se parecia como mais um dentro do quarto, ali, junto com suas lembranças que pareciam ter uma inconstância terrível, num segundo era nada e depois voltavam a ser tudo, num instante eram porto seguro daquilo que ela havia sido e que lhe fazia tão bem e era tão importante, no outro tornavam-se medo e inconstância, umas desorganizadas lembranças e sensações de tempo em desalinho e perdido no redemoinho de fragmentos que não diziam nada, sentimos que não pareciam ter sido vividos por ninguém e que apenas estavam ali pra atrapalhar a sua tentativa de ser constante.
Mas de certa forma nunca soube lhe dar bem com sentimentalidades, por um breve período houve até uma tentativa de ser mundano, de se mostrar para outros, de ser sentimental como nos filmes românticos americanos que são tão distantes e bobos, mas que mesmo assim as pessoas tentam imitar e sofrem por não ter nas suas vidas iguais roteiros simples e dementes com amor sofrível e dependente de outro, outro que venha transformar sua vida, dar sentido, dar cor, animo que traga algo de bom, já que a suas vidas são tão previsíveis e sem tentativas de mudança que agarram como parasitas qualquer vago sentimento e tornam o maior amor eterno de mundo, eternamente ate que a vida do outro se mostre tão pobre e pequeno como seu, vendo uns filmes desses e depois um de faroeste do qual sempre tive preconceitos por achar que a história se repetia nos inúmeros filmes com esse tema,vi ali muita não uma repetição de temas, o cenário pode ate ser o mesmo,mais continha neles uma forte e verdadeira carga de sentido e uma bela história, com uma verdadeira história de homem, não de avatas e afins, não de encontros e desencontros casuais de pessoas pré fabricadas que tentam a todo custo ter um relacionamento idiota, tinha neles frases fortes sentidos, uma verdadeira busca de sentido pra vida, como nossa eterna de se entender e entender a resto, vi que a verdade ali era não o cenário e sim as pessoas e suas histórias de simples, seus poucos e imensos ensinamentos, a procura de ser, mesmo não se sabendo o caminho a percorrer e nem onde se quer chegar, apenas que se quer sair e mudar a situação imposta, a melhor frase do primeiro filme que vi foi quando um caubói encontra outro e pergunta pra onde ele está indo e outro diz, “pro mesmo lugar que você, o inferno”, isso que é não ter certeza e mesmo assim seguir e não se prender a lugares e situações,