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quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

É difícil se mostrar, sempre é, mesmo que você não perceba mas a todo o momento os sussurros proféticos de que não devo, não posso, não consigo, estarão sempre permeando o ar em volta, eles dizem coisas insanas, imaturas e duras, quase num compasso cadenciado milimetricamente pensado para surgir nos momentos em que  você espera justamente o oposto, justamente toda a pompa carregada no momento, mas eu subverto e digo, se for necessário tudo isso, não se preocupe,eu vou estar a espreita de um momento em que tudo isso seja calmo, sereno, e sai como uma correnteza de um rio transbordado, deixado pouca coisa para se recordar de como era tudo antes, então mais uma vez sussurre tudo, porque em algum momento, em algum lugar perdido vai estar tudo o que deve ser dito, apenas esperando o eco das suas certezas para saírem do limbo e irem de encontro ao mágico embalo de uma certeza exposta....

sábado, 14 de janeiro de 2012

Uma quase volta...







Querendo muito um igual.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Os meus Arquetipos Tranviados

Pensei que nossa relação fosse um pouco menos conflituosa, mais calma, mais serena, mas sou eu, e esses elementos não cabem muito na nossa relação, demorei a perceber, ou deixei pra depois a percepção de que isso era diferente, que aqui nessa louca relação, tudo é muito intenso, O que eu decidi fazer?? mentalmente decidi que nada pode mudar aquilo que eu pensei e penso, nada, nem ninguém, nem mesmo quem eu permiti dar algum tipo de contribuição e pitacos, eu tomei a decisão, eu que pensei em estabelecer qual seria a ponte, de onde eu iria buscar, em qual fonte dos desejos estariam, e estão todos elas lá, porque eu não consigo me livrar nem deixar que nenhum vá embora, eu faço o tipo cãozinho sarnento com cara de triste, você não consegue se livrar dele, quer cuidar, quer tratar, mesmo que eu não precise nem queira tratamentovocês são muito perturbados, essa projeção de vocês é muito louca, eu corro pra ver se chego perto,cá entre nós isso não foi, não é e nunca será destino, como já me disseram, isso foram escolhas, construções,  mas vocês estão longe, muto longe, a anos luz, até porque se fácil fosse, se perto vocês estivessem não seriam arquétipos, não seriam transviados, não teriam sido criados a minha imagem e semelhança, e isso é o que  fode, de um jeito não bom, vocês são muito semelhantes a mim, eu fico vendo vocês e essas suas história de vidas loucas, e vejo onde vocês estão errando, onde estão se projetando como eu faria, tudo milimetricamente igual a mim, com a diferença de que vocês podem, tem o poder de pular de forma em forma para um lugar mais seguro, para uma outra tentativa e sair ilesos disso tudo, eu não, eu fico aqui, sentido por vocês aquilo que eu deveria estar passando por tudo isso que agora acontece com todos, mas vocês passam por essa jornada em busca de minhas referências tolas, meus desejos secretos, sem se arranhar com nada, sem temer a queda,  os muitos tropeços os muitos goles secos, as muitas dores expostas, mas inconscientemente eu espero o momento de dizer e puxa-los pra baixo, gritar dizendo que o caminho não é esse, mas vocês são livres de mim, mesmo sendo minhas estranhas criações, vocês sabem que meus pedidos serão inúteis, que como arquétipos com culhões, vocês podem e devem seguir por onde eu não consigo ir mas fico a imaginar como seria o percorrer por esse lado, esse mundo primitivo deles, essa coisa freudiana de ser, sintam, sintam mesmo a sensação de estar nessas buscas e nesses caminhos, não o bom caminho e essas merdas assim, mas o caminho a ser percorrido, o caminho que é esperado por mim que vocês façam, eu vou ficar aqui, olhando e esperando esses encontros inesperados e íntimos que teremos com o tempo, com os mundos, no meio disso tudo, espero que vocês não se corrompam, porque meus arquétipos tem a obrigação de serem fodas, muito foda, mais que todo a minha essência não consiga ser, mesmo que passe a ser um carola inveterado, incurável, preso numa teia de dogmas irrelevantes e que só servem para nos mantermos imunes a tentativas de mudanças, a semente corajosa do ser qualquer merda ou nada, pulem e zombem como eu faria se não tivesse vocês, dancem com a melhor musica e bebam o melhor vinho, o melhor gim, o melhor éter puro seco trágico, é pra isso que vocês existem, para serem meus arquétipos transviados...



sábado, 13 de agosto de 2011

Esse tal de plano sequencia

Vendo uma plano sequencia de um clipe de uma musica, fiquei pensando em no meu plano sequencia, o que eu fiz com ele, eu fiz ele? eu cortei muitas cenas? Eu tirei muitos personagens? Alguns eram importantes? E se eram porque deixaram de ser? Esse meu roteiro eu deixei sem plano sequencia, picotei todas as falas, improvisei erroneamente onde não deveria, os personagens que eram os principais deixaram de ser numa velocidade que acabou comprometendo a compreensão e a história como um todo, os espaços no roteiro pensei que fossem sendo preenchidos ao longo das mudanças e dos "plots" escolhidos, minha edição ficou muito frágil, errada, estupida até, nota-se claramente onde foram feitos e isso pra uma edição é a morte, é um fim, é como uma dublagem mal feita, compromete tudo e todos percebem de uma maneira impiedosa, mas se tudo sai perfeito ninguem lembra que a sincronia existe ele deve estar ali, presente sem ser notada, certa e certeira sem deixar claro para quem esta vendo que ali tem uma dublagem, mas eu troquei o ritmo da minha edição, ora era feita para ser agil e contar a história de uma vez, sem rodeios, sem voltas, sem desvios desnecessários, mas outras vezes a jovaga num labirinto de subtextos, de entrelinhas, de outras histórias de outros que não fazem parte e nem davam sentido ao mote principal, esse foi sendo mudado ao longo da leitura desenfreada e escrizofrênica do roteiro, não tinha um final, tinha um nada, um abismo, um pulo para outra época sem que fossem resolvidos os conflitos, esses eram suspensos de uma hora pra outra, e como diz a trilha sonora "aqui ninguem volta ao que ja deixou, ninguem larga a grande roda, ninguem sabe onde entrou, aqui ninguem lembra, nem o que sonhou", unica coisa nesse plano sequencia mal acabado, mal dirigido, mal roteirizado, que se salva, alem de alguns velhos e novos personagens, com alguns drinques que embebedaram junto com a trilha sonora, que foi sendo melhorada, lapidada, buscada em lugares nunca vistos ou pouco habitados, assim a analise desse plano sequência, é que ele ainda precisa mais bem elaborado, mais bem editado, e de alguma maneira desconhecida pelo seu roteirista, mudado quando percerbe-se que a história ali ja não tem mais como ser contada, que permanecer insistindo naquele argumento pode transformar um  conto simples, curto, porém belo, num livro longo e enfadonho, pobre de história, porque essa ja deveria ter sido encerrada a muito tempo, na passagem da pagina 02 para 03, ali era pra conter nela um ponto final, não reticências, não continuações, personagens pequenos só cabem em histórias pequenas, em mini-contos, contos, curtas, devem ser retirados de cena assim que se perderem nas suas próprias histórias e ja não contarem mais nada de novo, só a mesma velha fraca trama, a mesma chateada vida deles, e não me assustei quando reli o roteiro algumas vezes, quando vi a quantidade de personagens pequenos que tiveram uma sobrevida nessa trama demasiado longa, demasiada imnportâcia onde não cabia e não cabe, então deixei decidido que para esse roteiro ser um plano sequencia assistivel e não enjoativo, com clichês, porque toda boa história é recheado deles, mas clichês certos na hora exata, com carga da dramaticidade na dose certa, na medida de um gole, no tempo de uma canção que contextualiza o pano de fundo, esse que deve ser presente em todo o tempo da história, então assim ficou decidido, ainda vamos voltar e refazer a história enquanto não estiver claro e certo todo esse plano sequencia, toda a edição, trilha, mote, climax, de toda esse roteiro, vou sempre ritmar para que a essencia de boa história seja impressa num roteiro final.




P.S: a musica que fez pensar num plano sequencia mostrada por marcelle.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Eu sempre tive as duas da manha
quando tudo esta errado, contrario, torto
inacabado, olho-torto e espero, ela vai chegar
mesmo demorando, mas vem, ela, vem
as duas da manha tudo melhora, enriquece,
os silencios tornam-se gritos no escuro,
o barulho ensurdecedor de mim mesmo
sempre as duas da manha, com ou sem estar
mas sempre a contar e esperar
porque eu sempre vou ter
um sorriso no corpo, um vicio no olhar
um trago no copo, um relógio mental
que me diz que eu sempre vou ter
ahhh eu sempre vou ter
as duas da manha....