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quarta-feira, 1 de junho de 2011

Porque talves não fosse isso
Mas por vezes sim, foi aqui, foi isso,
ver você, só segurando,sem tragar,
pode ser mais interessante,
porque nada vai sair do lugar,
seu cheiro,
seu baton,
seus arrepios,
tudo vai ficar intacto,
talves, talves...
talves, essa pode ser só a forma certa
de se aprisionar, de não se conter,
de se vestir com aquela armadura de sentir
aquela usada pra suprir o frio,
entender o Neruda,
sofrer como Poe,
amar e se desinteressar como Fante,
tentar te abrir, entrar em você,
ver, tocar, sentir e chupar seu corpo como o Buk
tudo isso sem deixar a porta aberta,
tão pouco fechada,
apenas com os muros caídos,
com uma pequena passagem,
uma fresta, uma brecha
mas sem que nada se iguale
a uma carência
não, não é, é apenas o desabrochar
de uma flor ruiva,turva,
e que lá se encontra, na sombra,
na penumbra, na espera...que um povo antigo,
meio mouro meio pardos
buscaram a todo custo encontrar,
sem parar, sem se intimidar...

1 comentários:

ELLA disse...

caramba... que ele tá inspirado...
Essa foi uma das mais fortes que eu já li!
gostei de verdade!

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