Pages

quinta-feira, 18 de março de 2010

Um nada

Como forma de pensamento para dizerte qualquer coisa
Qualquer coisa que o valha e faça real sentido
mas sem se valer de reamente nada...
Sendo um vir de causa e efeito
Da efêmera lucidez da minha alma
Eu vou seguindo, você contando, eu procurando
Por bares bravios, com musas inglórias,
Por tristes convivios com choros contidos
Ela tem, eu renego, Eu peço ela foge,
Seu ser decerto vai, ser comigo um nada...





Lendo essas palavras, ela olha o quarto, pensa no corpo no copo e no vinho
ele deitado sombrio, ela nua a fita-lo, ele estasiado a durmir, a noite passou
e não parou aquele instante tão forte, só o alcool, a dança, o som, permaneceram
fortes e impregnados ali, mesmo que só na lembrança, uma forte lembrança
que se fazia intensamente presente, tentou imaginar que os momentos iriam mudar
toda a carga de excesso de sentir iria evoporar com o vinho e o gin, mas ja erta tarde
e tragico, a hora de partir se fazia presente, de seguir a vida, mesmo sem seber que vida era
essa que seria seguida, pensou em deixar um bilhete, um verso, um conto, um soneto, algo
que fosse certeiro para expressar tudo ali, buscou na memória do quarto, ainda exalando desejo e vinho, mas no fim não deixou o tal algo, tomou o ultimo gole seco do vinho ardente, se despedio de tudo e foi, ele acordou e viu enfim que não existia mais a vida dos dois....

2 comentários:

Anônimo disse...

Depois de ler sua mente, posso afirmar com convicção que ninguém conhece esse moço. O poeta dos contos inacabados, que faz das reticências - marca essencial - um aviso: "Não é suficientemente bom, tomando por parâmento aqueles que ninguém nunca viu, mas preciso postar!".
Grata surpresa às minhas noites insones, que sempre foram, para não me estender aos adjetivos, um verdadeiro tormento.
;)

Rui disse...
Este comentário foi removido pelo autor.

Postar um comentário