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domingo, 24 de abril de 2011

Dois ou apenas uma Ode

Foram eles eu sei, foram eles que me levaram daqui
Por eles eu tentei libertar logo tudo de uma vez 
Ir sem saber se voltar era possivel, se sonhar era cabivel
Se era necessário chegar ao fim, 
se seguiriamos o mesmo intinerante
mas fomos e no mesmo estante, no mesmo impulso,
na mesma hora, eles me convidaram, 
me chamaram em unissimo
e eu fui, e partimos, sozinhos, num plural,
juntos, com os dedos entrelaçados, com o horizonte abraçado
caminhando com eles fui ao norte, tendo-os como bussula
sem se importar com o destino final, pra onde eles
sem saber me levariam, e assim fizeram, e assim levaram
levaram o barco, meio sem rumo, sem prumo
e no istante em que a viagem terminou
eles me olharam, com o passaporte da volta, 
com o inevitável adeus de mais uma partida, 
sem conter mais nenhuma chegada
Foram eles, eu sei, me mostraram com quantos mundos
pode-se viver, pode-se criar, e por eles foram todos criados
e foram habitados, habilitados, compartilhados
e assim os fizeram de passagem, caminho,
 feito o rito humano de seguir, de não se importar,
e no fim não olharam, e foi assim
que me ouviram apenas dizer
vais, mais vais sabendo, que foram sim,
Foram eles... foram eles eu sei, 
foram eles que me levaram daqui...

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