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sexta-feira, 14 de maio de 2010

Enfim um Adeus.


Despedidas são sempre traumaticas, olhar e ver que não vão mais estar ali, que todos os momentos que formaram o convivio não se encontrarão e nem se repetirão mais ali, ali apenas vão ficar as lembranças, a ultima lembrança concreta e visivel de um tempo de boas risadas, brincadeiras que deixavam aquele tempo com uma maneira esperançosa de viver, eles foram muito importantes sempre, e infelismente por nossas escolhas de vida, não pude estar com nenhum dos dois na hora de suas sofridas partidas, a velhice para esses meus compainheiros foi diferente, não se mostrou fisicamente como em nós humanos, é sutil, a aparência não muda, as rugas não existem, só apenas as fragilidades de seus frageis organismos, que por nós sempre passa despercebido, não sabia que a ultima vez que os vi seria realmente a ultima vez, se soubesse tinha os animados mais, cuidado mais, brincado de um jeito infantil que sempre voltava quando estava em suas companhias, so que isso nunca se sabe ou se percebe, senti tardiamente esses dias, que enfim não existe mais lembraças reais daquele bom tempo de descompromisso, poderão vir outros, e certamente virão, porque quem tem companheiros reais como eles sempre precisa desse tipo de companhia, pra mim que não vi o fim demorei a sentir realmente a falta real que eles passaram a deixar em todos, foi triste saber a maneira como sofreram e que nada pode ser feito, nem pra amenizar o seus sofrimentos, lhes proporcionar um breve fim, um calmo e sereno fim, ou se fosse possivel deixa-los aqui um pouco mais, para nos darmos alegrias sem trocas, sentimentos sem pressão, sem cobranças, me lembro quando o primeiro chegou, era o dono da casa, tinha a nossa infancia como sudita, estava sempre la, cuidando mesmo sem entender ou perceber da consolidação de todos os momentos dessa epoca que hoje fazem parte de um passado distante e desbotado, o segundo que nasceu no nosso meio, foi sendo cuidado por todos, também com uma devoção de criança, uma forma sem muito entender o que era realmente cuidar deles, mais que foi vivido com muita felicidade, numa época que não existiam sofrimentos tão reais e crueis, escolhas feitas cotidianamente as pressas, sempre com situações de causas e efeitos perenes de tudo, era um tempo que não existia nada mais importante do que ser feliz, e que ser feliz era simples, era fácil, era normal, fazia parte da habitualidade estar sempre feliz, mesmo que houvesse algum impecilho, era tão breve que depois de pouco tempo não era mais nem lembrado a causa da tristeza, e na maioria das vezes a causa era tão boba que por isso não durava tanto tempo, ou nossas vidas não se importavam com tantativas externas de nos importunar na nossa felicidade pueril, vocês foram os melhores de todos, os mais presentes, os mais companheiros, so tenho a agradecer, mesmo que a razão adulta venha perguntar se isso tudo não passa de uma idiotice, que não existe nada de sentimentos fora do humano, e todas as coisas que passamos realmente a acreditar, mais aqui justamente quem veio foi o menino que viveu muito feliz com seus companheiros de infância e vem só pra dizer-lhes adeus, pra deixar escrito que eles realmete foram importantes, que as alegrias foram muitas, que vai haver sempre uma saudade de um tempo vivido muito intensamente e por isso foi dificil fazer essa despedida, por isso ela demorou tanto, não queria que fosse preciso, mais enfim, é um adeus afinal, enfim veio um adeus....

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1 comentários:

Unknown disse...

Lindo!
Me fez lembrar do meu companheiro, que me deixou de repente.
São sentimentos verdadeiros e dos mais puros, mutuamente.

Bjo, estranho!

Carol

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